sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Programa de Ginástica Laboral e a Redução de Atestados Médicos





Introdução

A modernidade vem transformando o dia-a-dia das pessoas, aumentando as horas de trabalho e diminuindo o tempo de ócio e lazer, fazendo com que esse excesso de trabalho muitas vezes se transforme em doenças físicas e/ou mentais1,2. Essa mudança no cenário do trabalho ocasionou o aumento das doenças ocupacionais, não somente a lesão por esforço repetitivo (LER) e o distúrbio osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), mas as doenças de origem psicológica, frutos do stress3.

As doenças osteomusculares e as mentais são dois grupos de patologias que trazem maior incapacidade e afastamento do trabalho4. Os gastos originários de doenças ocupacionais são raramente contabilizados, mesmo em países que investem na prevenção. Esses valores são estimados em 4% do produto interno bruto (PIB) para os países desenvolvidos e 10% do PIB para países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil5.

Percebendo a necessidade de diminuir ou prevenir as doenças ocupacionais, as empresas estão investindo na prática de exercícios físicos no próprio local de trabalho1,2,6. Com o intuito de promover a saúde do trabalhador com a prática de exercícios físicos surge o Programa de Ginástica Laboral (PGL), também conhecido internacionalmente como Intervenções de Exercício Físico no Ambiente de Trabalho (Workplace Physical Activity Intervention), que conta com programa de exercícios físicos específicos para compensar os grupos musculares mais exigidos durante as atividades laborais6, um exercício físico-motor que pode compensar desgastes e auxiliar em prevenções. O programa pode ter amplos objetivos, como a promoção do autoconhecimento, da autoestima, e possíveis melhorias do convívio social na empresa2,7.

Os principais benefícios para a empresas que contratam profissionais para a realização do PGL são o aumento da produtividade, diminuição da incidência das doenças ocupacionais e a diminuição das despesas médicas. Para os funcionários podemos destacar como benefícios a melhora na autoestima, melhora no relacionamento interpessoal, a redução de dores, redução de stress, diminuição da fadiga e melhora na saúde física, metal e emocional8. Além dos benefícios tradicionalmente conhecidos na literatura, a ginástica laboral influencia positivamente outras variáveis que podem interferir na saúde do trabalhador, como é o caso da coordenação motora global e tempo de reação9. Para que a empresa e o funcionário obtenham todos os benefícios do PGL, é necessário uma avaliação, planejamento e aplicação por profissional habilitado2,6, incidindo positivamente nas adesões dos funcionários10. Outro fato relatado sobre a prática orientada de exercícios físicos no ambiente de trabalho é a predisposição desses funcionários em praticar exercícios fora do ambiente de trabalho, contribuindo positivamente para sua saúde11. Nessa perspectiva o objetivo desse estudo foi analisar se um programa de ginástica laboral (PGL) influenciou na redução da quantidade de atestados de uma empresa de tratamento de resíduos industriais da cidade de Chapecó-SC.

 

Material e método

Esta pesquisa classificou-se quanto aos objetivos como descritivo-comparativo12, e com base nos procedimentos técnicos a pesquisa se enquadra como documental13. Nessa pesquisa documental foram utilizados documentos de "primeira mão", segundo Gil13 esses documentos não recebem nenhum tipo de tratamento analítico, como documentos conservados em arquivos de empresas ou órgãos públicos. O projeto foi aprovado pelo Comité de Etica em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina pelo CAAE n° 42803815.5.0000.5367, e dispensa Termo de Consentimento Livre e Esclarecido conforme prevê a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. A população deste estudo envolveu 113 funcionários entre 17 e 53 anos de uma empresa de tratamento de resíduos industriais da cidade de Chapecó-SC. Os funcionários eram oriundos dos setores administrativo ou de produção. No setor administrativo os sujeitos passavam a maior parte do tempo sentados e em frente a computadores. Já na produção os funcionários apresentam atividades mais braçais, predominantemente em pé, com pequenos deslocamentos e movimentos de agachamento levantando diferentes cargas. Para participar do estudo os sujeitos precisavam atender aos seguintes critérios: 1) estar contratado pela empresa no período do estudo (julho 2012 a junho 2014); e 2) ter frequência mínima de 75% nas aulas de Ginástica Laboral ministradas entre julho de 2013 e junho de 2014.

O instrumento utilizado foi o prontuário do funcionário, neles foram coletados os seguintes dados: a) dados que caracterizem a amostra; b) quantidade, motivo e tempo dos afastamentos por atestado médico; c) frequência e características técnicas do programa de ginástica laboral, entre os meses de julho de 2013 e junho de 2014. Os dados utilizados para caracterizar a amostra foram a idade e o sexo. No arquivo foi verificado se a data de admissão do funcionário ocorreu antes de julho de 2012. Para a análise dos atestados médicos foi selecionado apenas os relacionados a doença do funcionário, a tratamento médico e a tratamento cirúrgico. E excluído os atestados médicos relacionados ao acompanhamento de familiar em consulta ou similar; consultas médicas agendadas; consulta e tratamento odontológico; exames médicos e similares; gravidez; atestados sem o motivo do afastamento ou data; cirurgias plásticas; e acidentes de trabalho. Nesse período a empresa não desenvolveu nenhuma campanha ou intervenção para melhorar a qualidade de vida, para não interferir nos resultados do PGL.

O PGL disponibilizado na empresa foi realizado por profissional capacitado (formado em Educação Física e registrado no Conselho Regional de Educação Física - CREF/SC), e desenvolveu-se com aulas de 10 minutos, 2 vezes por semana durante 12 meses. Cada aula incluiu parte inicial (4 min), parte principal (4 min) e parte final (2 min). A parte inicial teve ênfase no aumento dos batimentos cardíacos com atividades globais de pequenos deslocamentos e de coordenação de multimembros. A segunda parte (principal) foi composta por exercícios de flexionamento para os membros superiores e inferiores, e/ou reforço muscular com exercícios isométricos e dinâmicos, específicos para função dos trabalhadores, considerando os setores já mencionados. A parte final teve atividades de descontração, alongamento e de volta à calma (QUADRO 1). As aulas foram elaboradas após análise dos postos de trabalho e funções profissionais específicas. A ginástica laboral teve como característica a ginástica compensatória2.

Quadro 1. Atividades do Programa de Ginástica Laboral.

Para o tratamento dos dados, por contarmos com um reduzido número de sujeitos, foi somente utilizado estatística descritiva, através da média, desvio padrão, mínimo, máximo e frequência.

 

Resultados

A amostra foi composta por 31 sujeitos, sendo 22 do sexo masculino e 9 do sexo feminino com idade média de 32,48±8,28 em junho de 2014, conforme a tabela 1. Entre os sujeitos 14 do sexo masculino e 4 do sexo feminino não houve nenhum registro de afastamento por atestado médico no período do estudo.

Tabela 1. Características da amostra.

A figura 1 apresenta a comparação entre a quantidade de afastamento por atestados médicos no período sem ginástica laboral (junho de 2012 a julho de 2013), e o período com ginástica laboral (junho de 2013 a julho de 2014). Os afastamentos por atestados médicos foram separados em dois grupos, os relacionados as doenças sistêmicas (excluindo-se as doenças sexualmente transmissíveis), e as relacionadas a doenças osteomusculares. As doenças sistêmicas relatadas nos atestados médicos foram varizes nos membros inferiores, reumatismo não especificado, dores não especificadas no abdómen e hipertensão arterial. Já nas doenças osteomusculares os atestados foram por causa de hérnia inguinal e lombalgias.

Figura 1. Comparação entre os afastamentos por atestados médios no período com e sem ginástica laboral.

Observa-se que no período sem ginástica laboral os afastamentos por atestados médicos representaram 33 atestados, sendo que no período com ginástica laboral foram 16, uma redução de 51,52%. Nas doenças sistêmicas observa-se uma diminuição de 43,48% dos atestados após a implantação do PGL. Ao analisar as doenças osteomusculares verificamos que o primeiro período apresentou 9 atestados, e no segundo houve uma redução de 55,56%, passando para 4 atestados.

 

Discussão

A busca pelo aumento da produtividade e a diminuição dos afastamentos por atestados médicos faz da ginástica laboral uma aliada2,14. Entretanto, são poucas pesquisas que exploram as causas da quantidade de afastamento por atestados médicos15. Os resultados encontrados nesse estudo corroboram com os evidenciados por Silveira16, onde teve uma diminuição da quantidade de absenteísmo em ambos os sexos durante a aplicação do PGL. Essa tendência de diminuição de absenteísmo também ocorreu na pesquisa de Reis17 onde evidenciou-se uma queda de 6 afastamentos durante o período da intervenção com exercícios de aquecimento e alongamento. No estudo de Martinez e Matiello Júnior18 os indivíduos relatam uma melhora na sua condição de saúde física, o que pode resultar numa menor quantidade de afastamento por doenças.

Coelho e Burini19 relatam inúmeros estudos epidemiológicos que relacionam o nível de prática de exercício físico com a diminuição das doenças, porém os mecanismos relacionados a esse fato não está totalmente compreendido, não existindo um consenso sobre a quantidade necessária de exercício para esse benefício. Bielemann, Knuth e Hallal20 ressaltam o exercício físico como meio de prevenção de doenças, afirmando que sua prática diminui doenças crónicas, gerando uma economia nos gastos públicos da saúde. Observa-se que como nos estudos de Coelho e Burini19 e Bielemann, Knuth e Hallal20 os resultados apresentados na presente pesquisa apontam uma diminuição das doenças sistêmicas, mesmo com número e tempo de aula reduzido. Reis, Moro e Contijo21 em seu estudo observaram uma diminuição dos atestados médicos, que tratavam especificamente sobre lombalgias, após a implantação do programa de ginástica laboral. Fato que corrobora com os resultados encontrados nesse estudo, onde verificou-se a queda de cerca de 55,56% na quantidade de atestados por doenças osteomusculares.

Outro fator que pode, talvez, explicar a diminuição dos atestados por doenças osteomusculares está evidenciado na pesquisa de Candotti, Stroschein e Noll22 quando relatam a diminuição da intensidade e frequência das dores nos grupos musculares envolvidos no trabalho diário, após três meses de intervenção com o PGL. A diminuição das dores lombares foi apontada no estudo de Reis, Moro, Contijo21, sendo que essas tiveram um decréscimo de 90% dos casos durante a após a aplicação do PGL.

A importância de prevenir as doenças osteomusculares como a LER/ DORT vai muito além de aspectos físicos, podendo causar repercussões na saúde mental do funcionário e desencadear transtornos mentais23. Picoloto e Silveira24, e Szeto e Lam25 destacam a grande prevalência de sintomas osteomusculares em trabalhadores e sua relação com idade, sexo, ocupação e escolaridade. Os cofres públicos e privados também detectam os prejuízos causados pelos afastamentos dos funcionários por causa de atestados médicos. Segundo Brasil3 não existe pesquisa com os gastos totais resultantes das doenças e acidentes de trabalhos, mas estima-se que esses valores chegam a R$ 12,5 bilhões anuais para as empresas e em mais de R$ 20 bilhões anuais para os contribuintes. Santana et al5 identificaram 257.645 benefícios concedidos pelo INSS para trabalhadores no estado da Bahia no ano 2000, onde 11,7% referiam-se a problemas de saúde ocupacional, enquanto 7,3% aos acidentes ocupacionais (causas externas, lesões e envenenamentos).

Ao analisar a importância de um programa de ginástica laboral influenciar na redução da quantidade de atestados médicos e consequentes afastamentos em uma empresa de tratamento de resíduos industrias da cidade de Chapecó-SC, observou-se uma redução em números absolutos de 51,52% nesses atestados, tanto por doenças sistêmicas, quanto por doenças osteomusculares. Fato que corrobora com a literatura, em que enfatiza a importância da ginástica laboral como meio de prevenção de doenças, diminuição de absenteísmo, melhora da relação interpessoal, e consequentemente uma diminuição de custos relacionados ao afastamento do funcionário de sua função.

 

Referências

1 Mezzomo S P, Contreira A R, Corazza S T. Os efeitos da ginástica laboral sobre as habilidades básicas de funcionários de setores administrativos. R Bras Ci Saúde. 2010;8(25):6-13.         [ Links ]

2 Figueiredo F, Mont'alvão C. Ginástica laboral e ergonomia. 2a ed. Rio de Janeiro: Sprint; 2008.         [ Links ]

3 Brasil. Ministério da Saúde. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.         [ Links ]

4 Barbosa-Branco A, Albuquerque-Oliveira P R. Prevalência de incapacidade para o trabalho no setor saúde no Brasil, 2004. Tempus Actas de Saúde Colet. 2011; 5(1):235-250.         [ Links ]

5 Santana V S, Araujo-Filho J B, Albuquerque-Oliveira P R, Barbosa-Branco A. Acidentes de trabalho: custos previdenciários e dias de trabalho perdidos. Rev Saúde Pública. 2006; 40(6):1004-1012.         [ Links ]

6 Pereira C C D A. Excelência técnica dos programas de ginástica laboral: uma abordagem didático-pedagógico. São Paulo: Phorte; 2013.         [ Links ]

7 Poletto S S. Avaliação e implantação de programas de ginástica laboral, implicações metodológicas [dissertação de Mestrado]. Porto Alegre-RS: UFRGS; 2002.         [ Links ]

8 Militão A G. A influência da ginástica laboral para a saúde dos trabalhadores e sua relação com os profissionais que a orientam [dissertação de Mestrado]. Florianópolis-SC: UFSC; 2001.         [ Links ]

9 Mezzomo S P, Cardozo P L, Katzer J I, Santos D L, Corazza S T. A influência da ginástica laboral na coordenação motora global e no tempo de reação de condutores de autocarro. Motricidade. 2014;10(4):27-34.         [ Links ]

10 Soares R G, Assunção A A, Lima F P A. A baixa adesão ao programa de ginástica laboral: buscando elementos do trabalho para entender o problema. Revis bras saúde ocup. 2006;31(114):149-160.         [ Links ]

11 Dias A G, Silva I A S, Silva V F, Beltrão F B. A contribuição de um programa de ginástica laboral para a aderência ao exercício físico fora da jornada de trabalho. Fit Perf J. 2006; 5(5):325-332.         [ Links ]

12 Thomas J R, Nelson J K, Silverman S. Métodos de pesquisa em atividade física. 5a ed. Porto Alegre: Artmed; 2007.         [ Links ]

13 Gil A C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4a ed. São Paulo: Atlas; 2002.         [ Links ]

14 Cañete I. Humanização: desafio da empresa moderna. Porto Alegre: Artes e Ofícios; 1996.         [ Links ]

15 Mendes R A. Ginástica Laboral (GL): Implantação e Benefícios nas Indústrias da Cidade Industrial de Curitiba [dissertação de Mestrado]. Curitiba: Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná; 2000.         [ Links ]

16 Silveira M G. Efeitos da ginástica laboral nas variáveis morfológicas, funcionais, estilo de vida e absenteísmo dos trabalhadores da indústria farmacêutica de Montes Claros - MG [dissertação de Mestrado]. Vila Real: Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; 2008.         [ Links ]

17 Reis E S. Análise ergonómica do trabalho associada à cinesioterapia de pausa como medidas preventivas e terapêuticas às em um abatedouro de aves [dissertação de Mestrado] Florianópolis: UFSC; 2001.         [ Links ]

18 Martinez J F N, Matiello Júnior E. Os limites da ginástica laboral para compreensão dos determinantes de saúde de trabalhadores bancários. Pensar a Prática. 2012; 15(3):610-624.         [ Links ]

19 Coelho C F, Burini R C. Atividade física para prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis e da incapacidade funcional. Rev Nutr (Campinas).2009; 22(6):937-946.         [ Links ]

20 Bielemann R, Knuth A G, Hallal P C. Atividade física e redução de custos por doenças crônicas ao Sistema Único de Saúde. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2010;15(1):9-14.         [ Links ]

21 Reis P, Moro A R P, Contijo L A. A importância da manutenção de bons níveis de flexibilidade nos trabalhadores que executam suas atividades laborais sentados. Revista Produção Online. 2003;3(3):00-16.         [ Links ]

22 Candotti C T, Stroschein R, Noll M. Efeitos da ginástica laboral na dor nas costas e nos hábitos posturais adotados no ambiente de trabalho. Rev Bras Ciênc Esporte. 2011;33(3):699-714.         [ Links ]

23 Alencar M C B, Ota N H. O afastamento do trabalho. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2011; 22(1):60-67.         [ Links ]

24 Picoloto D, Silveira E. Prevalência de sintomas osteomusculares e fatores associados em trabalhadores de uma indústria metalúrgica de Canoas - RS. Ciênc saúde coletiva. 2008;12(2):507-516.         [ Links ]

25 Szeto G P Y, Lam P. Work-related musculoskeletal disorders in urban bus drivers of Hong Kong. J Occup Rehabil. 2007;17(2): 181-198.         [ Links ]


POR

Rafael Cunha Laux1, Paulo Pagliari2, João Viannei Effting Junior3 y Sara Teresinha Corazza

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  • terça-feira, 12 de novembro de 2019

    Ebook Ginástica Laboral 2.0






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  • quarta-feira, 6 de novembro de 2019

    Direitos jurídicos do trabalhar em caso de doença




    Resultado de imagem para acidente de trabalho

    O presente artigo visa esclarecer o trabalhador quanto aos direitos relacionados ao acidente e doenças ocupacionais. Para tanto, abordamos em tópicos, os procedimentos junto à previdência social, as medidas judiciais e definimos os termos técnicos comumente usados no tema.

    Embora esse blog seja sobre Ginástica Laboral, é importante para profissionais que trabalham dentro da empresa saber, por exemplo, qual o caso de afastmento do trabalho por doença ocupacional ou não.

    Acidente de Trabalho

    O acidente de trabalho ocorre quando o trabalhador sofre lesão corporal, perturbação funcional ou doença no local e durante o trabalho. Para tanto, devem estar preenchidos os requisitos previstos no art. 86 da Lei nº 8.213/91 - quais sejam, redução da capacidade para o labor que habitualmente exercia.

    O acidente de trabalho ou doença ocupacional geram direitos como pagamento de auxílio, indenizações, pensões ou estabilidade no emprego. Caso o trabalhador entenda possuir algum direito não atendido pelo empregador, poderá requerer o pagamento ou cumprimento de obrigação junto à Justiça do Trabalho. O juízo, por sua vez, julgará, levando em consideração provas periciais, documentais ou testemunhais.

    Indenização

    Para que haja indenização, deve haver prova que, de fato, a doença ou acidente foi causado por culpa do empregador, isto é, esteja presente a negligência, imprudência ou imperícia.

    Ressalte-se, que haverá direito do trabalhador, se o fato ocorreu durante o trajeto do empregado ao trabalho ou em seu retorno ou durante o intervalo para refeição e descanso, bem como em viagens de trabalho ou qualquer outra atividade ligada a ele, como os cursos oferecidos ou solicitados pela empresa.

    Em alguns casos para que haja definição se a lesão ou doença ocupacional foi gerada por culpa do empregador, é necessária a realização de perícia médica. O perito médico pode reconhecer ou não o "nexo causal", isto é, a relação entre trabalho e o fato lesivo. Em outros casos, também é necessária a vistoria do local do trabalho.

    CAT


    A empresa deverá realizar a "Comunicação de Acidente de Trabalho" - conhecida pela sigla CAT - junto ao INSS, a fim de registrar o Acidente de Trabalho ou a Doença Ocupacional.

    Para o recebimento do auxílio-doença, o trabalhador deve ter um mínimo de 12 meses de contribuição ao INSS. Esse período não é exigido em caso de acidentes decorrentes do trabalho.

    Estabilidade

    O trabalhador, após o retorno do afastamento, tem direito a 1 ano de estabilidade no emprego. Vale lembrar que, a qualquer momento, poderá ser aberto um CAT de reabertura, em caso de agravamento da doença ou lesão.

    Justiça do Trabalho

    Como já mencionado, o empregado poderá pleitear junto à Justiça do Trabalho uma indenização equivalente, seja pelos danos materiais, como despesas médicas, de transporte, medicações, bem como indenização aos danos morais sofridos. As alegações deverão estar acompanhadas de provas, sejam elas por meio de documentos, testemunhas ou perícias.

    Aposentadoria por invalidez

    Se considerado incapaz total e permanentemente para o trabalho e não houver condições de reabilitação para o exercício de atividade que garanta sustento, observada a carência, quando for o caso, o trabalhador terá direito à aposentadoria por invalidez.

    Auxílio doença

    A doença ocupacional é equiparada ao acidente de trabalho, gerando os mesmos direitos e benefícios.

    O requerimento do auxílio-doença é devido ao empregado (segurado) que se tornar incapaz para as atividades de trabalho ou habitual, em razão de doença por um período maior que 15 dias, e, se for o caso, após o período de carência. Para tal requerimento, será realizada a avaliação médico-pericial na Agência da Previdência Social escolhida. O exame comprovará se o trabalhador está ou não incapacitado para determinada atividade.

    Requisitos

    Existem algumas exigências cumulativas para recebimento deste benefício, são elas: parecer da perícia médica atestando a incapacidade física e/ou mental para o trabalho ou para atividades pessoais; comprovação da qualidade de segurado e carência de no mínimo 12 contribuições mensais.

    O prazo de 12 contribuições, não será necessário em caso de acidente de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho) É requisito apenas no caso de doença ocupacional.

    O auxílio doença será concedido, mesmo sem o cumprimento do prazo mínimo de contribuição (1 ano), desde que o trabalhador tenha qualidade de segurado, em casos de tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doença de Paget (osteíte deformante) em estágio avançado, síndrome da deficiência imunológica adquirida (Aids) ou contaminado por radiação (comprovada em laudo médico). (fonte: previdencia.gov.br)

    Doenças comuns

    As doenças mais comuns são: L.E.R (Lesão por Esforço Repetitivo), também conhecida por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio osteomuscular Relacionado ao Trabalho); Tendinite, (inflamação de tendão que por meio do excesso de repetições de um mesmo movimento) e Tenossinovite (surge do atrito excessivo do tendão que liga o músculo ao osso). A difusão da informática teve uma grande contribuição para o surgimento dessas doenças ocupacionais.

    As categorias profissionais que mais apresentam as doenças acima mencionadas são e: digitadores, secretárias, bancários, operadores de linha de montagem e operadores de Call Center e telemarketing.

    Há, ainda, os casos de bronquite, geradas por substâncias químicas, doenças do sistema respiratório e da pele, como silicose, asbestose, dermatite de contato, câncer de pele ocupacional. Os agentes agressores podem ser físicos; químicos ou biológicos.

    Conclusão

    A prevenção continua sendo a melhor forma de prevenir acidentes e doenças. Os programas de orientações e treinamento, bem como o fornecimento de equipamentos de proteção (EPI´s), são medidas menos onerosas, se comparadas com o pagamento de indenizações determinadas por sentenças judiciais ou procedimentos administrativos junto a Previdência Social.

    As orientações foram retiradas daqui

    Publicado em 29/04/11 e revisado em 06/11/19
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  • quinta-feira, 3 de outubro de 2019

    Como o alongamento ajuda na Ginástica Laboral






    O alongamento é um grande aliado nosso para diminuir riscos de doenças relacionadas a má postura e atividades repetitivas e deve ser visto como um instrumento de prevenção. Sentir dores nos ombros, próximo aos pulsos ou na coluna pode ser consequência de ficar longas horas em uma mesma posição. Trabalhar o dia todo sentado, em frente ao computador, ou ainda em pé, repetindo os mesmos movimentos seguidas vezes pode trazer uma série de problemas para a sua saúde. As famosas L.E.R (Lesão por Esforço Repetitivo) e D.O.R.T (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) são doenças cada vez mais comuns na nossa sociedade, causadas pela má postura, esforço excessivo e repetitivo, além do estresse.


    A ginástica laboral é utilizada para que as pessoas façam alongamentos corporais em toda a cadeia muscular, trabalhe a parte de consciência corporal, a interação social entre os trabalhadores e isso leva a um relaxamento muscular. Trabalha com exercícios, aquecimento e alongamento de toda a parte corporal.

    Empresas passaram a adotar diversas medidas, como oferecer equipamentos de proteção individual, contar com uma equipe de segurança do trabalho e proporcionar orientações à seus funcionários, como por exemplo, uma palestra de ergonomia com foco em conscientização. Mas saiba também que, além das dicas acima, os funcionários podem fazer alongamentos, para evitar e prevenir muitas dessas doenças.

    São inúmeros os benefícios que o alongamento traz para a saúde. Entre eles podemos destacar a diminuição de tensões, ativação da circulação sanguínea, melhora no posicionamento da coluna vertebral, auxílio na reabilitação de problemas posturais, melhora no funcionamento de todos os órgãos vitais, ajuda nos movimentos do dia a dia, promove redução dos riscos de lesões, diminui dores musculares, melhora a qualidade de vida, aumenta a autoestima e a capacidade de concentração, além de combater o chamado mal do século, o estresse.

    A Ginástica Laboral se baseia em alongamentos de diversas partes do corpo, como tronco, cabeça, membros superiores e membros inferiores. Os alongamentos são diferentes para cada função exercida pelo trabalhador.

    A boa notícia é que você pode praticar o alongamento, no ambiente de trabalho, de forma simples e rápida.

    O ideal é que você faça isso todos os dias antes de começar o expediente ou durante suas pausas, principalmente se estiver sentindo dores.  Veja alguns exemplos:



    É importante lembrar que ginástica laboral é um contraponto a inércia que se instalou na maioria dos locais de trabalho. Enquanto você trabalha, não percebe a sobrecarga em sua própria musculatura. Junto à ginástica laboral, podem ser incluídas algumas pausas ou micro-pausas durante a jornada de trabalho, nestas pausas o trabalhador repõe suas energias, relaxando as estruturas sobrecarregadas para novamente retomar o trabalho com maior disposição. Estas pausas servem para mudar a postura, alternar os músculos sobrecarregados e realizar diversos alongamentos sem necessariamente precisar sair de onde está trabalhando.



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  • terça-feira, 13 de agosto de 2019

    Uso da Bandagem funcional para Lombalgia Ocupacional






    A lombalgia – popularmente chamada de dor nas costas – foi a doença que mais afastou brasileiros do trabalho. De acordo com o INSS, foram 83,8 mil casos no ano. É estimado que entre 65% e 90% da população mundial sofrerá pelo menos um episódio dessa dor que gera impactos pessoais, ocupacionais, sociais e econômicos.

    Quando a doença se torna crônica, os impactos são ainda maiores. Só nos Estados Unidos, segundo recente artigo publicado no livro Tratado da Dor, a estimativa é que a lombalgia crônica tenha um custo anual estimado de US$ 635 bilhões, incluindo despesas médicas diretas e perda de trabalho e produtividade.

    Para os profissionais que trabalham com a recuperação do paciente, é preciso pensar numa forma de prevenir essas dores que afastam as pessoas do trabalho.

    As dores nas costas podem estar relacionadas à diversos fatores, como envelhecimento natural, estresse, sobrepeso e tabagismo. A dor por si só pode ser também um sintoma, seja de problemas ginecológicos, renais ou de outras patologias relacionadas à dores crônicas, como osteoporose e fibromialgia.

    Além dos inúmeros fatores biológicos, existe a lombalgia ocupacional, em que o prejuízo atrelado às profissões podem acelerar ou causar a dor. O uso excessivo de computadores no trabalho, ofícios que envolvem carregamento de carga e longas jornadas de trabalho são fatores agravantes.

    Uma boa opção de tratamento que pode ser incluída no tratamento da Fisioterapia é o Uso da Bandagem Funcional. As indicações terapêuticas para a bandagem funcional passam por lombalgias, torcicolos, tendinites, entorses, contratura muscular, paralisia facial, artrose, artrite, fasceíte plantar, hérnia de disco, linfedemas e estiramentos. Esse adesivo oferece inúmeros benefícios a seus usuários. Entre eles, é possível citar a normalização da função muscular, visto que oferece suporte para facilitar a contração dos músculos enfraquecidos, ao mesmo tempo que evita o excesso de contração dos demais.

    Não há absolutamente nenhuma restrição quanto ao uso dela, nem de sexo ou idade. Meu único conselho é que ela seja aplicada por um profissional habilitado.

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  • quinta-feira, 2 de maio de 2019

    Ginástica Laboral e a Cervicalgia






    A cervicalgia é muito presente devido a má postura adquirida durante o trabalho, ao dormir, ao dirigir, fatores emocionais e atividades do dia a dia como o uso incorreto do celular.

    Podemos verificar através do uso do celular, que muitas pessoas ao utilizar o aparelho adquirem uma postura inadequada levando a cabeça para frente e inclinando para baixo em direção ao aparelho.

    O que muitos não sabem é que a cabeça de um adulto pesa em torno de 5 a 8 Kg e ao curvar a cabeça para frente por longos períodos podem ocorrer danos irreversíveis na coluna cervical como atrofias, desgastes e rupturas gerando uma má qualidade de vida.

    De acordo com um estudo realizado pelo americano Dr. Kenneth Hansaraj, conforme o grau de inclinação de 0º-60º, o peso da cabeça pode variar, gerando uma pressão sobre a coluna que pode chegar aos 27,2 kg, ocasionando a dor no pescoço, chamada cervicalgia.

    A Cervicalgia


    O termo cervicalgia é empregado para as dores que acometem a região cervical da coluna, caracterizada por rigidez muscular e dores na região posterior do pescoço. Pode ocorrer desde pequenos desconfortos ou até dores intensas e incapacitantes.

    Os pacientes podem apresentar dor apenas na face posterior do pescoço, como também irradiar para ombros, acometendo os músculos trapézio, supraespinhoso, romboide e escaleno. Em alguns casos pode ser referida na face inferior da mandíbula levando a dor de dente e cefaleia.

    Os músculos do pescoço são responsáveis pelo suporte de peso e mobilidade da cabeça, porém quando tensionado devido algum tipo de sobrecarga, ocorre a diminuição do fluxo sanguíneo local, ocasionando dor e incômodo.

    Estes sintomas acometem 30% dos homens e 43 % das mulheres e se torna mais prevalente com o avanço da idade, ocorrendo em 40-50% da população com idade superior a 45 anos.

    Este diagnóstico pode gerar um grande problema de saúde pública, pois em muitos casos a dependência de medicamentos, depressão, isolamento social, dificuldades no trabalho e alterações emocionais, provocam uma mudança dramática no estilo de vida deste paciente, ocasionando uma má qualidade de vida.

    Introduzindo a Ginástica Laboral

    Para quem trabalha com computador ou numa mesma posição durante muito tempo, entende muito bem o que é a Cervicalgia. E sabe que um alongamento anes de iniciar a sua jornada de trabalho ou mesmo no meio dela, diminui a tensão e quiça a dor. 

    Com a finalidade principal de melhorar a saúde do colaborador e evitar lesões por movimentos repetitivos, a ginástica laboral é uma atividade realizada no ambiente de trabalho e tem sido cada vez mais praticada.

    Ela costuma acontecer de duas a três vezes por semana, com exercícios que têm duração média de 7 a 15 minutos, e pode trazer diversos benefícios para o funcionário e até mesmo para a empresa.

    É uma atividade física orientada e, previamente, planejada conforme o público e o tipo de ambiente. A ginástica laboral utiliza exercícios respiratórios, de força, flexibilidade isométricos, isotônicos, alongamentos, além de dinâmicas de integração, recreação e até massagem.

    A Ginástica Laboral é um bom tratamento para melhora da Cervicalgia ou outros problemas na coluna. Porém não é único. Quer aprender a tratar Coluna Vertebral sem dúvidas?

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  • quinta-feira, 25 de abril de 2019

    Postura e descanso são importantes para evitar lesões por repetição




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    O corpo humano não foi projetado para muitas das atividades que hoje pertencem à nossa rotina. Ficar sentado diante do computador durante horas, todos os dias, pode causar dores, dificuldades de movimentação e formigamento nos dedos.

    Esses e outros sintomas estão ligados à LER (lesão por esforço repetitivo). A LER não é uma doença propriamente dita, mas engloba todos os problemas nos ossos e músculos que tenham origem em atividades repetitivas. Normalmente, o mal está ligado ao trabalho, mas isso não é regra.
    Arte LER (Foto: Arte / G1)



    As lesões são mais recorrentes em pessoas que digitam muito ou apertam mouse, atendem e transferem telefonemas ou fazem fotocópias. Em casa, os serviços domésticos também desencadeiam problemas, por isso é preciso segurar corretamente panelas e vassouras.

    A lesão mais comum é a tendinite, uma inflamação nos tendões. Outras recorrentes são a síndrome do túnel do carpo, a tendinite de Quervain, o dedo em gatilho e o cotovelo de tenista (veja na arte acima).

    Os cuidados que se deve ter para evitar o surgimento de dores. Três aspectos são fundamentais para reduzir os riscos: é preciso fazer pausas durante qualquer atividade e saber respeitar os limites do corpo; a altura e a posição dos aparelhos precisa estar adaptada à pessoa; e é necessário ter atenção com a postura.

    Em qualquer atividade que se faça, é importante usar todo o corpo. Pense no movimento que você realiza, por exemplo, quando se abaixa para pegar um objeto pesado no chão – o ideal é dobrar os joelhos e usar as duas mãos. Esse tipo de raciocínio serve para todos os trabalhos braçais.
    No caso do computador, em que a LER é comum, o que se deve observar é a posição dos objetos. A cadeira e a mesa devem ficar na altura que proporcione maior naturalidade e conforto a quem estiver sentado.

    A posição mais recomendada do monitor é à altura dos olhos, para evitar que a pessoa abaixe a cabeça e force o pescoço. Para usar o teclado e o mouse, o ideal é que o cotovelo forme um ângulo de 90 graus. Os dois pés devem ficar apoiados no chão e, se a máquina for compartilhada por indivíduos de alturas diferentes, o uso de almofadas pode resolver o problema.

    Dicas sobre os laptops, computadores portáteis que muita gente usa em casa. Para utilizá-lo no colo, é preciso tomar alguns cuidados: recostar-se bem no assento, apoiar os pés no chão e colocar algum objeto para deixar o computador um pouco mais alto. Ainda assim, o ideal é colocá-lo sobre a mesa.

    Quando o notebook ficar em cima da mesa, deve ser usado da mesma maneira que o desktop - computador convencional. Para isso, é recomendado colocar um suporte debaixo do computador, para que ele não fique muito baixo em relação aos olhos. Teclado e mouse também devem ficar na altura certa.

    Publicado 02/04/12
    Revisado 25/04/19

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  • quinta-feira, 21 de março de 2019

    Fisioterapia e Educação Física na Ginástica Laboral




     


    A ergonomia compreende um conjunto de conceitos que tem por objetivo estruturar o ambiente de trabalho da maneira mais confortável possível, evitando o desenvolvimento de lesões decorrentes do desempenho das atividades do funcionário. A ginástica laboral é uma das grandes aliadas no combate à má postura corporal e a fadiga originada por esforços excessivos ou repetitivos no ambiente e trabalho.

    A adoção da ginástica laboral dentro do ambiente organizacional deve ser sempre desenvolvida por um profissional de fisioterapia ou educação física, é importante manter também um profissional que auxilie os colaboradores em situações de dores musculares, articulares ou quaisquer outros tipos de fadigas relacionados à postura no ambiente de trabalho.
    Variações da ginástica laboral

    A ginástica laboral em geral é composta de três etapas distintas que são ministradas de acordo com a necessidade, a ginástica preparatória é ministrada antes da jornada de trabalho, com duração média de 10 minutos. A ginástica compensatória é ministrada durante o expediente, possui duração média de 10 minutos e auxilia no relaxamento do corpo em atividades repetitivas ou intensas. E por fim temos a ginástica de relaxamento, que é voltada para reparar o desgaste da jornada de trabalho, em geral são exercícios de respiração e relaxamento com duração média de 20 minutos.

    Benefícios dentro do ambiente organizacional

    Os benefícios da adoção da ginástica laboral dentro do ambiente organizacional sejam em atividades de escritório ou industriais são evidentes como, por exemplo:

    • Melhoria na interação entre os colaboradores
    • Maior produtividade e assertividade nos processos internos
    • Diminuição dos problemas relacionados a tensões musculares
    • E diminuição dos índices de absenteísmo originados de afastamentos por lesões ou acidentes de trabalho

    A ginástica laboral deve ser sempre ministrada por um profissional de educação física, fisioterapia ou outro profissional que possua conhecimentos certificados na área de ergonomia. O simples ato de participar das atividades propostas pela ginástica laboral diminuem drasticamente as chances de desenvolver as doenças mais comuns em ambientes de trabalho que são a LER (lesão por esforço repetitivo) e a DORT (distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho).

    Profissionais de Educação Física e Fisioterapia, especializados nesse tipo de exercício, conduzem as práticas que podem ser feitas dentro do escritório, na estação de trabalho de cada colaborador.

    Os instrutores buscam adaptar os exercícios a cada tipo de público e ambiente, atentando-se às atividades que o colaborador desenvolve e como os exercícios podem ajudar. Os exercícios são simples, baseados em alongamentos e feitos de maneira rápida para não se tornarem maçantes.

    Saiba mais sobre o CONAERGO - Congresso Nacional Online de Ergonomia. Clique aqui!

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  • quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

    Ginástica Laboral é para profissional de Educação Fisica ou Fisioterapeuta?




    Imagem relacionada

    Uma das discussões que se apresentam recentemente versa sobre a atuação de Fisioterapeutas na área de Ginástica Laboral, que seria de responsabilidade do Profissional de Educação Física. Mas o que definiria a intervenção de um ou outro profissional na Ginástica Laboral? Segundo o Prof. Lamartine Pereira DaCosta, organizador do Atlas do Esporte no Brasil, os dois podem estar enganados ou os dois podem estar certos... Segundo ele - opinião compartilhada pelo Presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber -, tudo se define na intervenção a que os profissionais estão se dedicando.

    Gostaria apenas de ressaltar que causa certa estranheza a mim e talvez à população em geral ver fisioterapeutas ampliando sua abrangência profissional para áreas esportivas e recreacionais, a partir do mercado da Ginástica Laboral. Esta atitude coloca sua própria identidade profissional em risco, desde que a terapia está sendo abandonada em prol do desenvolvimento de atitudes comportamentais e preventivas. É possível que, ao se continuar esta tendência, o fisioterapeuta perca o nexo e delimitação de sua especialização. E se vale tudo para o fisioterapeuta, sua intervenção vai perder o seu valor. Esta linha de conta deriva também em um inevitável confronto com os especialistas da medicina do trabalho, atividade regulamentada em âmbito nacional e direcionada por acordos internacionais. Tal confrontação jamais houve com o médico do trabalho e o Profissional de Educação Física, porque historicamente eles têm trabalhado de modo complementar, analisa o Prof. Lamartine.

    A E.F. procurou alguns Profissionais do setor e aponta que a tendência, assim como em todo setor de saúde, é a busca integrada de soluções, com papéis e intervenções bem definidos, garantindo que o foco de cada ação profissional não seja desvirtuado. Segundo o Prof. Edivaldo Farias (leia a entrevista, nesta edição), a questão vai além da multidisciplinaridade. O que todos os setores da saúde devem buscar é a interdisciplinaridade, já que, para oferecer uma solução completa e necessária para os problemas apresentados são multicausais.

    Alguns afirmam que, por seu caráter profilático, a Ginástica Laboral foge completamente aos domínios do Fisioterapeuta. Assim como qualquer atividade curativa foge às raias do Profissional de Educação Física. Isto fica explícito claramente nas definições legais a respeito (leia box). Elas delimitam as intervenções de cada um destes dois setores da saúde.

    Baseando-se exclusivamente nestes conceitos e em seus procedimentos éticos e legais, e apesar de qualquer resolução que possa ser divulgada pelos Conselhos em questão, o que realmente vale são as determinações das Leis Federais.

    Como em diversas outras áreas (dança, ioga etc.), o entendimento do Presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, recai sobre a questão da intencionalidade. Cada profissional tem sua competência e sua função social. Definindo-se o propósito, define-se o profissional a ser procurado, afirma.
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  • sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

    Saiba mais sobre Movimentos Repetitivos




    Osteopatia Curitiba – Cabral Natação

    A história do trabalho repetitivo é tão longa quanto a do próprio trabalho, visto que na agricultura primitiva e no comércio antigo, já existiam tarefas altamente repetitivas. Já em 1713, Ramazzini (apud Kroemer, 1995) atribuiu as L.E.R.s aos movimentos repetitivos das mãos, às posturas corporais contraídas e ao excessivo estresse mental.

    Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS (1993), a principal conseqüência da L.E.R. é a perda da capacidade de realizar movimentos, o que interfere diretamente sobre a condição social e psicológica do indivíduo. Isso se verifica quando a lesão impede temporária ou permanentemente o homem de realizar trabalho, já que este ato passa a ser um elemento de degradação física e emocional.




    A literatura mostra que 61,4% dos pacientes com L.E.R. desenvolvem incapacidade parcial permanente, enquanto que 38,6% apresentam incapacidade temporária (Hoefel, 1995). Prieto et al (1995) também cita a mudança de humor, a irritabilidade, a insônia e o nervosismo, os quais são conseqüências da dor, como fatores que refletem diretamente na vida familiar do portador de L.E.R. Couto (1997), também afirma que a relação custo x benefício de uma empresa sofre déficit, acarretados desde a perda com funcionários afastados devido à L.E.R., até aspectos mais complexos de comprometimento do resultado financeiro da organização.

    Dissertação apresentada na Univ.de São Carlos-SP, mostra o papel das atividades ou dos movimentos repetitivos no desenvolvimento ou exacerbação de neuropatias compressivas ou distúrbios não específicos das extremidades, vem sendo relatados por aproximadamente dois séculos atrás. Em 1891, Fritz De Quervain associou a tenossinovite do polegar à atividade de lavar roupas e denominou essa patologia como "entorse das lavadeiras" (Assunção, 1995).
    O que é a L.E.R. ?

    L.E.R. = Lesões por Esforços Repetitivos. Browne et al (apud Assunção, 1995) definiram esta terminologia como: "doenças músculo-tendinosas dos membros superiores, ombros e pescoço, causadas pela sobrecarga de um grupo muscular particular, devido ao uso repetitivo ou pela manutenção de posturas contraídas, que resultem em dor, fadiga e declínio no desempenho profissional". Já nos Estados Unidos, utiliza-se com freqüência os termos "Cumulative Trauma Disorders" (CTD) e "Repetitive Trauma Disorders" (RTD) e são denominadas como "lesões do tecido mole devidas a movimentos e esforços repetitivos do corpo" (Armstrong, 1986).




    Alguns autores contestam essa nomenclatura e Couto (1996), afirma que L.E.R. é um termo superado, usado apenas pela Austrália e Brasil. O mais correto seria "Síndrome Dolorosa nos Membros Superiores de Origem Ocupacional", pois esta é uma denominação que segue uma construção mais específica da doença.

    O Japão um dos primeiros países a dar a devida importância e reconhecer as Lesões por Esforços Repetitivos (L.E.R.) como um distúrbio músculo-esquelético decorrente do trabalho e de origem multicausal, já na década de 60. Este interesse surgiu em virtude da alta incidência de distúrbios cérvicobraquiais em perfuradores de cartão, operadores de caixa registradora e datilógrafos. No intuito de estudar esse problema, criou-se então, o Comitê da Associação Japonesa de Saúde Ocupacional (ibidem).




    No Brasil, até a década de 80, a L.E.R. era conhecida como "doença dos digitadores", devido aos primeiros casos de tenossinovite terem sido diagnosticados em digitadores (Sato et al, 1993). Em virtude do acometimento de outras categorias profissionais, hoje a L.E.R. já é considerada um problema de saúde pública. Desta forma, não somente os digitadores são considerados categorias profissionais com risco de desenvolver a doença, como também as formas clínicas da L.E.R. abrangem mais patologias do que apenas a tenossinovite.

    As L.E.R.s são consideradas como acidente de trabalho, pois de acordo com o §2º, art. 132 do Decreto Nº2.172 de 05/06/97, "constatando-se que a doença resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a previdência social deve equipará-la a acidente de trabalho". Neste contexto, a empresa ou órgão competente, ficam obrigados a emitir a CAT (comunicação de acidente de trabalho), quando da ocorrência do acidente de trabalho, no caso, as L.E.R.s, conforme art. 134 do Decreto Nº2.172 de 05/06/97 (DOU, 06/03/97).

    Sorock & Courtney (1996) consideram que os fatores de trabalho como: excessiva exposição a movimentos repetitivos por demanda da tarefa; posturas incorretas; emprego de força; baixa temperatura; vibração e fatores psicossociais como o estresse, estão intimamente relacionados aos distúrbios músculo-esqueléticos em grupos ocupacionais expostos a essas situações de trabalho.




    Upfal (1994) também considera que os fatores de risco para o aparecimento da L.E.R. incluem movimentos repetitivos (repetição de tarefas por muitas horas), movimentos fortes (como agarrar ou apertar), posturas estressantes (desvio lateral do punho, extensão do pescoço), impacto mecânico de tecidos moles (bordos de ferramentas que pressionam a palma da mão), vibração e ocasionalmente, baixas temperaturas. Attaran (1996) afirma ainda que a L.E.R. é causada por ambientes de trabalho pobremente projetados que não contemplam uma relação harmônica entre homem e trabalho.

    De acordo com Higgs & Mackinnon (1995) a manutenção de posturas anormais são as principais causas de L.E.R. por provocarem desequilíbrio muscular e compressão dos nervos. Relatam que se certos grupos musculares são subutilizados, há indicação de que outros estão sofrendo de sobreuso, sendo que esta situação leva a um ciclo vicioso postural e do equilíbrio muscular. Certas posições também aumentam a pressão ao redor do nervo ou o distendem, podendo levar a uma condição crônica de compressão.




    Guidotti (1992) lista os tipos de L.E.R. mais comumente encontrados: no pescoço refere-se à síndrome tensional do pescoço e à síndrome cervical; nos ombros cita a síndrome do desfiladeiro torácico, a tendinite biciptal, a tendinite do supraespinhoso, a capsulite adesiva e a síndrome acrômio-clavicular; e no cotovelo, punho e mão cita a epicondilite, a tenossinovite de De Quervain, a síndrome do túnel do carpo e a compressão do nervo ulnar.

    Oliveira (1991) afirma que o quadro sintomatológico da L.E.R. é muitas vezes complexo e de difícil identificação, pois o paciente pode não apresentar nenhum sinal físico inicialmente, mas suas queixas são persistentes e sempre relacionadas com a massa muscular envolvida em tensão estática, em decorrência de posição forçada ou viciosa ou mais utilizada no exercício da função. Em vista disso, Guidotti (1992) conclui que o diagnóstico da L.E.R. é sugerido por dor músculo-esquelética persistente e recorrente dentro de seis semanas, sem causa traumática imediata e influenciada por situação de trabalho. O próprio INSS (1993), expõe que a caracterização da L.E.R. não depende de dados laboratorias, mas apenas da correlação entre a lesão e o exercício do trabalho.

    No Brasil, apesar de haver um guia para o reconhecimento da incapacidade provocada pela L.E.R. (INSS, 1993), é difícil estipular verdadeiramente em que grau de comprometimento encontra-se o doente, visto que a problemática relacionada ao diagnóstico é complexa e envolve a credibilidade em dados peculiares e intrínsecos do próprio paciente.

    Um agravante é que sendo a dor a principal queixa, e o paradigma do diagnóstico ser baseado quase que unicamente em dados objetivos que possibilitem a visualização da lesão, este torna-se mais complicado ainda em virtude de não haver exames que meçam a dor objetivamente e tornem visível este sintoma. Sendo assim, o diagnóstico baseado não apenas em esquemas visuais, mas também na análise do trabalho, na própria queixa do trabalhador e no bom senso médico é vital para o diagnóstico precoce e para evitar o agravamento da lesão.

    Outro aspecto relevante é que muitos trabalhadores não têm acesso às informações sobre as conseqüências do trabalho repetitivo para a saúde, sendo assim, desconhecem a origem da dor, retardando a ajuda médica. Isso pode trazer conseqüências negativas para o tratamento da L.E.R., pois as microlesões continuadas tornam o grupo muscular susceptível a novas lesões, o que dá oportunidade ao quadro clínico de assumir um caráter extremamente recidivante e invalidante.

    De acordo com Higgs & Mackinnon (1995), apesar de quase duas décadas de estudos, a L.E.R., continua sendo o maior e o mais freqüente problema das extremidades superiores relativo ao trabalho.
    Causas da Doença

    Em revisão mais recente, Pereira & Lech (1997), baseados nos fatores biomecânicos, organizacionais e psicossociais, listam as variáveis contributivas mais importantes na origem da L.E.R., a saber:

    • Força
    • Repetitividade
    • Posturas viciosas dos membros superiores: principalmente as de contração muscular constante.
    • Compressão mecânica dos nervos por posturas ou mobiliário.
    • Vibração: pode gerar microtraumas. 
    • Frio: pela vasoconstrição que pode levar à déficit circulatório.
    • Sexo: maior incidência em mulheres.
    • Posturas estáticas do corpo durante o trabalho: durante a contração estática o suprimento sangüíneo para o músculo fica prejudicado, podendo favorecer a produção de ácido láctico que é capaz de estimular os receptores da dor, desencadeando-a, mantendo-a ou agravando-a.
    • Tensão no trabalho: exigências de produtividade e de ritmo de trabalho podem aumentar a tensão muscular, prejudicando a nutrição sangüínea dos músculos com possibilidade de ocorrência de dor muscular, fadiga e predisposição à L.E.R.
    • Desprazer: o sentir prazer desencadeia a liberação de endorfina (analgésico interno), devido a isso, pessoas insatisfeitas no trabalho podem ter maior tendência a sentir dor do que as que trabalham prazerosamente.
    • Traumatismos anteriores predispõem o indivíduo à L.E.R. e são fatores importantes na sua incidência.
    • Atividades anteriores: pelo fato da L.E.R. ser causada por traumas cumulativos é necessário a análise da atividade exercida anteriormente e
    • Perfil psicológico: as pessoas de personalidades tensas, as negativistas e as que não toleram trabalho repetitivo são mais predispostas a L.E.R.

    Entretanto, quanto ao estabelecimento da atividade causal da lesão, diversos autores (Armstrong,1986; Upfal, 1994; Assunção, 1995; Higgs & Mackinnon, 1995; Attaran, 1996) relatam que há uma íntima relação dos distúrbios de origem ocupacional que atingem as extremidades (L.E.R.) com a inadequação do trabalho ao ser humano que trabalha. Essa questão se fortalece se levarmos em conta que o homem passa quase três/quartos de sua vida trabalhando, e que as exigências da produtividade somam-se a muitas condições de trabalho desfavoráveis.

    O distúrbio causado por esses movimentos provoca dor, inflamações e pode alterar o funcionamento da região comprometida por causa do esforço que é feito no trabalho repetidas vezes.

    Conheça alguns exercícios de alongamento, rápidos e simples, que podem ser feitos:

    Flexão das pontas dos dedos: Com a mão direita estendida, dedos juntos e palmas das mãos voltadas para baixo, force os dedos contra a palma da mão esquerda, mantendo a posição por alguns segundos, depois solte-os suavemente. Faça a mesma flexão nos dedos da outra mão.

    Punhos: mantenha um dos braços estendidos. Dobre o punho para baixo com o auxílio da outra mão. Repita o mesmo com o outro punho.

    Rotação dos punhos: com os braços retos e para os lados, gire as mãos lentamente em círculo, trabalhando os punhos.

    Ombro: puxe com uma das mãos o cotovelo até sentir alongar a região posterior do ombro.

    Relaxar os ombros: Com os braços soltos e as mãos apontadas para baixo, faça um movimento giratório nos ombros para frente, por três vezes, e para trás, por três vezes também.

    Pescoço: Incline a cabeça para o lado, puxando-a com uma das mãos. Mantenha o outro braço esticado e com a mão estendida.

    Relaxar os músculos do pescoço: incline a cabeça para a esquerda, para a direita, para frente e para trás. Mantenha cada posição por alguns segundos.

    Publicado em 02/01/13 e revisado em 15/02/19

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  • quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

    Lombalgia e a Ginástica Laboral






    Um dos principais problemas que a ginástica laboral lida é com dor na coluna principalmente a lombalgia.  Ela é genericamente definida como intolerância à atividade devido a sintomas lombares associados à sintomatologia nos membros inferiores e pode ser classificada em aguda, sub-aguda ou crônica em virtude principalmente do fator tempo.

    O avanço tecnológico foi benéfico no que se refere ao aumento da produtividade, segurança, melhoria da qualidade dos produtos e facilidade na execução dos serviços, no entanto, por outro lado, o trabalhador ficou sujeito às diversas conseqüências do no uso de tais ferramentas. Os movimentos repetitivos, no qual o trabalhador utiliza sempre os mesmos segmentos corporais contribuiu para o aumento das doenças do trabalho, específicas em cada categoria profissional, agravadas pelo sedentarismo, estresse e sobrecarga de atividade.  Vários dos problemas que afetam a realidade do trabalhador de escritório e causam as lombalgias podem ser evitados.

    É fundamental identificar os fatores de risco da lombalgia, que incluem características ocupacionais ou psicológicas. As ocupacionais, de modo geral, são empregos que envolvam levantamento de peso acima da capacidade do empregado ou trabalho em posições inadequadas. Já os fatores psicológicos se associam, geralmente, a quadros depressivos. O consumo de cigarros e a obesidade também se associam ao risco de desenvolver dor na região lombar.

    Segundo a Pesquisa Nacional da Saúde, feita pelo IBGE em parceria com o Ministérios da Saúde, 15 a 20% dos adultos tem lombalgia, sendo que desse número a maioria, (90%), é considerada inespecífica, ou seja, não está relacionado diretamente a nenhum caso clínico e pode ocorrer em todas as faixas etárias.

    Os principais fatores envolvidos na "síndrome da dor lombar" são a fraqueza muscular, principalmente na região abdominal e a baixa flexibilidade articular no dorso e nos membros inferiores. No entanto, os fatores associados às atividades ocupacionais se apresentam como determinantes nas incidências de lombalgias. A má postura é um desses determinantes.

    A postura de cada pessoa pode ser alterada por vários fatores, por exemplo:

    • Contratura fascial e musculotendinosa- A contratura das estruturas dos tecidos moles, especialmente a fáscia lata, músculos isquiotibiais, cápsula anterior do quadril e peitorais afetam a postura.
    • Força muscular- Particularmente importante é a força do glúteo máximo, músculos abdominais, eretores da coluna e adutores da escápula.
    • Inclinação pélvica- A pelve é a base sobre a qual repousa a coluna vertebral. Qualquer alteração correspondente na posição da quinta vértebra lombar em relação ao sacro, o que, a seu turno, altera a postura de toda a coluna. A inclinação da pelve é usualmente controlada pelos músculos situados próximos ao quadril. Ela é acentuada pela contração dos extensores do quadril; glúteos, isquiotibiais e porção posterior dos adutores dos quadris, e é diminuída pela contração dos flexores do quadril; iliopsoas, reto femoral, pectíneo e a porção mais anterior dos adutores do quadril. A coluna é fletida pelos músculos iliopsoas e abdominais e é estendida pelo eretor da coluna. Os músculos abdominais atuam sinergergicamente com os glúteos, o último diminuindo a inclinação pélvica e o primeiro reduzindo a lordose lombar. A mobilidade da coluna vertebral é maior na região lombar; na coluna torácica a rotação é de considerável magnitude, mas a flexão e a extensão são limitadas. Os músculos da respiração produzem um efeito secundário na postura por haver alguma extensão da coluna dorsal a cada inspiração.

    A dor lombar pode surgir também em decorrência de movimentos comuns, após espirro, exercícios, esforços violentos, traumas ou até mesmo por causas extrínsecas não relacionadas com a coluna lombar. Segundo Netto, a lombalgia é um sintoma que pode estar relacionado a certas doenças e são poucos os pacientes que têm um diagnóstico definido durante a avaliação inicial. O exame clínico apresenta dor à palpação e à movimentação das cadeias musculares próximas à coluna vertebral. O paciente apresenta dificuldade em movimentar o tronco em direção aos joelhos estendidos e a dor piora no final da tarde, podendo se agravar com a movimentação excessiva ou o estresse emocional.

      A lombalgia é uma patologia do sistema músculo esquelético, que ocorre com frequência entre pacientes em idade produtiva e tem causas múltiplas, mas que podem ser associadas invariavelmente ao local de trabalho8. Isto leva a um grande impacto sócio-econômico fazendo com que haja uma necessidade de incentivar os meios de prevenção como ergonomia e exercícios físicos com vistas a garantir uma melhor qualidade de vid.

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